GNU Emacs: primeiras impressões

Aproximadamente 1 mês atrás, após assistir Evil Mode: Or, How I Learned to Stop Worrying and Love Emacs eu fiquei extremamente motivado a testar o GNU Emacs.

O início foi bem tranquilo, já que comecei utilizando o evil-mode, que possibilita usar o mapeamento de teclas do Vim.

Em pouco tempo o meu .emacs foi crescendo. Mesmo sem conhecer lisp (elisp na verdade), dá pra configurar o editor numa boa. Ta aí a primeira coisa que me cativou.

Mais tarde descobri que o Emacs tem um ambiente de configuração invejável. Indo para o prompt de comando e digitando customize, é possível buscar configurações, alterar parâmetros somente para a sessão ativa ou confirmar para gravar no seu .emacs. Olha só a tela inicial de customização:

tela inicial de customização do GNU Emacs

Outra coisa bacana que eu descobri chama-se org-mode. Ele é um gerenciador de tarefas bem completo. Desse plugin o que me atraiu de cara foi o mecanismo rico para criar e manipular tabelas. É absurdamente prático gerar tabelas com ele. Dá pra inserir, mover, remover colunas, ordenar dados, entre outros. Depois disso até procurei algo semelhante para o Vim, e encontrei, mas ainda não parei para testar.

Nas últimas semanas eu comecei a utilizar o Emacs sem o evil-mode na maior parte do tempo. É complicado, mas vale a pena a experiência. Lógico que a minha produtividade não é a mesma, mas o início com o Vim também não foi fácil.

É comum ouvir que pessoas que usam Emacs tendem a fazer quase tudo de dentro dele. De início eu não achei isso muito interessante. Cada recurso adicional pede novos plugins e mais combinações de teclas pra assimilar. Eu poderia estar navegando no Twitter de dentro dele, mas prefiro fazer pelo navegador.

Até o momento a minha sensação é que para fazer coisas simples eu pressionar muitas teclas, ou que o posicionamento das teclas mais utilizadas não é tão favorável. Pode ser que eu mude de ideia ou que isso se consolide, mas acho que ainda é cedo pra dizer. De qualquer forma vou tentar postar a evolução dessa experiência.

Quem tiver curiosidade, acho que vale a pena dar uma olhada no Emacs Rocks!, que demonstra na prática alguns recursos bem interessantes, como o restclient-mode, que já está no meu .emacs.

Para fechar, recomendo dar uma olhada no vídeo que mencionei no começo. Pelo menos no trecho em que o editor é demonstrado.

Vídeo do Aaron Bieber demonstrando o GNU Emacs

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